quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Encalhadas por opção?!

As mulheres ditas “encalhadas” eram sempre associadas àquelas feias, seja pela aparência física ou intelectual (ou eram muito, ou pouco instruídas), eram mulheres que esperavam pelo seu “príncipe encantando” e acabavam “ficando pra titia”. Mas esta visão sobre as solteironas ficou para trás.
As “encalhadas” de hoje geralmente são mais bonitas, preocupadas com a saúde e beleza. Além disso, são bem sucedidas profissionalmente e financeiramente, estão de bem com a vida e são muito, muito mais exigentes quando se trata de buscar um parceiro.
Dados de uma pesquisa realizada pelo IBGE indicam que mulheres com maior formação acadêmica e profissional, se tornam mais exigentes e têm dificuldade para casar, pois procuram homens em igualdade de formação. Enquanto os homens procuram mulheres menos informadas para matrimônio. Não porque eles queiram se sentir superiores, mas porque elas estão abertas a novos relacionamentos, são bem menos ou nada exigentes e se assemelham as mães por oferecerem mais apoio familiar.
Esta é uma realidade que acontece com Márcia Miranda, 32, pós-graduada na área de enfermagem. Para ela, o conhecimento, modernidade e sucesso profissional alcançado pelas mulheres criam um abismo entre as “super mulheres” e os homens. “Acredito que os homens, de um modo geral, principalmente aqueles com os quais me relacionei, não eram bons e auto-confiantes, nem pra mim e nem pra eles mesmos. Ou não eram estudados, não tinham moradia própria, trabalho ou tinham ex-esposas possessivas e neuróticas. Era sempre assim, tanto que optei por não me casar/morar junto”, desabafa.
Este grupo de mulheres sozinhas está longe de ser homogêneo. Ele abrange jovens e idosas, conservadoras e modernas e possui inúmeros motivos para a explicação das “solteirice”. Mas o maior deles, segundo a enfermeira, é o amor e a própria felicidade. ” Os seres humanos precisam parar de atribuir a sua felicidade em algo/alguém e perceber que feliz é aquele que primeiro é feliz consigo mesmo”, afirma.
Iguais a Márcia há tantas outras mulheres solteiras pelo país. Seja por opção, distração ou falta de oportunidade, elas não acham um marido que se encaixem no perfil que consideram ideal para satisfazê-las. Contudo, não desistem e se sentem bem desta maneira. “Sou feliz em ser e dizer que sou encalhada por opção. É melhor ser/estar sozinha do que mal acompanhada”, garante a enfermeira solteirona.
Por Heloise Félix

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