quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Movido pela força da música e de instrumentos recicláveis , jovens de uma ONG criam “o bagunçaço”

Embora haja uma grande variedade de instrumentos que produzem som, qualquer batuque feito com objetos comuns pode ser considerado como percussão. Foi através desta idéia e por ver crianças tocando latas espontaneamente na rua da capital baiana, que Joselito Crispim percebeu a importância dessa atividade para aquelas crianças, que sofriam com os intensos protestos dos moradores.
Surgiu o Bagunçaço, formada por adolescentes que utilizam instrumentos feitos por eles mesmos, a partir do reaproveitamento de embalagens usadas. Tonéis de carbureto, latas de manteiga, de solvente, de biscoitos importados, transformam-se em surdos, contrabaixos e guitarras. A contribuição da Ong para a sociedade, começa já na reciclagem, mas não se restringe a isto, os jovens se envolvem em diversas atividades educativas como teatro, dança oficinas de reciclagem de lixo, inserido num trabalho comunitário com escola, creche, serviço médico, fabricação de medicamentos alternativos entre muitas outras coisas.
A Reciclagem é o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O Bagunçaço faz parte de um projeto desenvolvido pelo CEFET/BA (Centro Federal de Educação Tecnológica), CEAO (Centro de Estudos Afro-Orientais) e UFBA (Universidade Federal da Bahia), através dos quais, crianças e adolescentes das bandas, fazem cursos de informática, eletrônica e outros. Educando e usando a música na sua dimensão libertadora é que educamos para o exercício da cidadania.
"Foi uma experiência muito boa, pois hoje vejo que aquele momento em que eu ficava na rua, batendo nas latas, acabou, estou aqui no projeto, aprendendo, a tocar, computação e muito mais, além de contribuir com a reciclagem." diz Reinaldo Santos integrante do projeto.
Além de estar ligado a diversos projetos o Bagunçaço já participou de festas populares como lavagens e arrastões, vídeo clips, um longa metragem, esse grande reconhecimento criou mais nove BDL, entre elas estão Banda Explode (feminina), Banda mirim do Bate-estaca, Libertação dos alagados, Beija-flor, Seduz (feminina), Trovão mirim, Império, Toque feminino, Katafú, mais dois grupos de dança, Alagados (feminina - dança), Bagunça-dance (feminina – dança).

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