segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Famosidade baiana

Quando se fala em cultura baiana, o acarajé é um dos itens mais citados tanto pelos que já provaram da iguaria quanto pelos curiosos que ainda desconhecem seu sabor. O acarajé é uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebolasal, frita em azeite-de-dendê, foi originado na África como comida ritual do candomblé, oferecida a orixá Iansã. O nome deriva da junção de duas palavras do Iorubá, àkàrà que significa bola de fogo e jê que possui o significado de comer, ou seja, “comer bola de fogo”.
A receita e tradição desse manjar vêm sendo transmitido e mantido ao longo dos séculos pelas Baianas do acarajé, responsáveis pela transição do bolinho dos Terreiros de Candomblé para as ruas. Desde 2004 a profissão de Baiana do acarajé foi regulamentada, o ofício também foi registrado como bem cultural de natureza imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
O acarajé e vendido por cerca de cinco mil Baianas na capital soteropolitana e apesar de a receita praticamente não sofrer alterações, cada consumidor tem a sua preferência.
“O acarajé da Dinha é imbatível, nada se compara” comenta o estudante de direito João Paulo. “Que nada, comer na Cira é receber benção de Iemanjá”, afirma Edson Soares funcionário de uma empresa aérea, já a Sra Edna Maria, moradora do bairro Imbui, diz que as baianas de bairro são ótimas. “Lurdinha trabalha em frente ao meu prédio há anos, toda sexta nos reunimos em sua tenda, ela não deixa nada a dever para as famosas”.   

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